Para quem quiser saber mais sobre a lista Jornalismo Cultural, que tenho comentado aqui de quando em vez, é só conferir o simpático artigo do Paulo Rebêlo no Webinsider. Distraída e mal-educadamente, eu acabei não linkando o site da lista. Corrijo o erro agora, pois. É só clicar aqui e conferir o site, que ainda está em construção mas já tem dicas e links muito interessantes.

Meu tio matou um cara.

O Opera e os Três Vinténs. Devido aos problemas com spywares que comentei há alguns dias, ontem optei por baixar o browser Opera e desinstalar o Outlook. Estou gostando bastante do Opera, que me lembra o Netscape nos meus primeiros tempos de Internet (por volta de 1994/95), mas felizmente eu não desinstalei o Outlook ainda: de alguma maneira que ainda não consegui entender, o Opera entra em conflito com o modo de edição do Blogger, e desabilita várias funções, entre elas a de colocação de links nos posts. Se alguém souber como resolver este problema, entre em contato comigo, por favor. Enquanto isso, levarei uma vida meio esquizofrênica, navegando pelo Opera mas postando no Pólis pelo Outlook.

Observatório da Imprensa, seja bem-vindo à Blogosfera! Acabo de saber, pelo pessoal da lista Jornalismo Cultural, que o Observatório da Imprensa lançou um weblog para funcionar "como um fórum complementar, para que os usuários comentem o dia-a-dia da nossa imprensa", segundo a apresentação do próprio blog. Parabéns pela iniciativa e sejam bem-vindos!

Flávio Colin, só amanhã. Chupado do Catarro Verde:
Sábado 23, das 14h às 16h, na Comix, dona Norma Colin põe à venda 300 originais do mestre Flavio Colin. E lança o álbum da Editora Opera Graphica, Flávio Colin: O Filho do Urso e outras histórias. Todo mundo lá, façavor. Força pra dona Norma. Força pros quadrinhos. Viva a Comix, viva tu, viva o rabo do tatu. Al. Jaú 1998.
Assino embaixo. E estarei lá!

Alan Moore não é uma fraude, mas tá lá! Há pouco tempo eu havia falado aqui que estava lendo A Voz do Fogo, tremendo romance de estréia do mestre inglês da HQs Alan Moore. Esta semana me espremi, arrumei um tempinho e escrevi uma resenha descaradamente elogiosa para a Fraude. Confiram aqui.

Luis Nassif e a justiça deste país. Fiquei chocado com a notícia da condenação de Luis Nassif. Segundo informação veiculada ontem pela revista Consultor Jurídico e reproduzida hoje de manhã pelo Blue Bus, Nassif foi condenado a três meses de prisão e ao pagamento de dez salários mínimos por ter publicado uma nota no jornal Folha de S. Paulo sobre ação movida pela Construtora Mendes Júnior contra a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf).
O motivo da punição? O seguinte comentário de Nassif, que transcrevo entre aspas, em itálico: "Fracassou, e foi pouco notado, uma das mais atrevidas aventuras já tentadas contra os cofres públicos - a açao de indenizaçao proposta pela Mendes Júnior contra a Companhia Hidrelétrica do Sao Francisco (Chesf) por atrasos nos pagamentos. A indenizaçao pedida era de R$ 10 bilhoes, muitas vezes maior do que o preço total da obra. No mês passado, o Superior Tribunal de Justiça liquidou definitivamente com a aventura."
Segundo a Juíza da 6a Vara Criminal de Sao Paulo, Érika Soares de Azevedo Mascarenhas, que acatou os argumentos da empresa, "pela forma como o texto foi redigido" é manifesta a "intençao inequívoca de difamar". Ela se refere à expressão "atrevidas aventuras", colocada em negrito acima.
Já dizia Claudio Abramo, um dos grandes mestres da nossa sacrificada profissão, que jornalista que não opina é covarde. Nassif não se acovardou, e, além do mais, ONDE ESTÁ A MENTIRA??
Há muitos anos, fui casado com uma juíza que trabalhava no Fórum do Rio de Janeiro (evidentemente, não declinarei o nome dela para preservar sua integridade) que certa feita me fez a seguinte confissão: "o poder dos juízes é tamanho que eles se consideram deuses." Deve ser verdade, pois como explicar a atitude da Dra. Érika Soares de Azevedo Mascarenhas? Será que é isso que todo jornalista que diz o que pensa (e não foge ao rigor dos fatos) merece receber?
Fica a pergunta no ar: É esta a nossa justiça?

Dica de Som. Peguei no Silhuetas: um site superbacana de música eletrônica com dezenas de samples para ouvir online: lo recordings. Confiram Twisted Science e Richard Thomas & The Wormholes. Duca.

Da série: Blogs Bacanas. Através do Ricky fiquei conhecendo o Grafolalia, do João Antônio Bührer. Blog superlegal, escrito por alguém que sabe das coisas. De saída, posts sobre Ken Parker, Paulo Diniz (alguém lembra?), Érico Veríssimo, mail-art, Helena Kolody e Guto Lacaz, entre muita coisa boa. Para quem gosta de cultura, arte e textos bem escritos, é a pedida.

Malditos Spywares!! Pois é, a gente reclama (com toda razão) do SPAM mas esquece de uma praga muito pior: os spywares!!! Eles chegam assim de mansinho como quem não quer nada, e você só percebe quando seu browser começa a se comportar de maneira esquisita. Estou com esse problema desde ontem, e nem a instalação do aparentemente ótimo Ad-aware (dica do Pulso Único) resolveu a parada. Alguém tem uma dica pra me dar para resolver a questão e ELIMINAR esses malditos spywares?

Os trashs do mundo designer! É como se autodenomina a galera do incrível shitDzine, que me citou em seu blog hoje. De shit só tem o nome, porque é bonito e bem transado (ainda se usa dizer isso? - de qualquer maneira, foi um elogio, hein?). Valeu!

Rebel Rebel. É o nome da mais nova revista cultural da Rede, editada por Daniela Malizia e Renato Malizia Jr. A primeira edição é toda sobre o papa da pop art, Andy Warhol. Uma edição revised and updated, all-encompassing. Resumindo? Tem tudo o que você precisa saber sobre o homem e o mito. Muito conteúdo, no melhor dos sentidos. A próxima edição - segundo eles dizem no Editorial - será sobre os filmes de John Waters. Mas caiam de boca nesta edição, porque o que não falta é material. Vida longa ao mais novo rebelde da rede!

Ora, direis, ouvir blogs... E no entanto, acredite, meu caro amigo internauta: eu li no BlueBus e já estou ouvindo a estréia do programa "Blog do Tas", na rádio Brasil 2000 FM, em Sao Paulo. Marcelo Tas e a equipe do Vitrine estão mandando ver num programa super-ágil, que é a marca registrada do Tas. Quem não mora em SP pode acompanhar a transmissão aqui.

Ah, o programa irá ao ar diariamente, de 2a a 6a, das 09:00 as 11:00.

Entrevista com o Mercado. Pois é, o Mercado não é um fantasma que assombra a todos. Ele existe e é uma pessoa. Pelo menos é o que diz o Dr. Schadenfraude, en-viado especial da Fraude, que conseguiu pegar (epa!) o homem. Confira aqui esse texto hilário.

Da série: Blogs Bacanas. Um dos blogs bacanas que tenho visto nos últimos tempos é o blog0news, do Ricky Goodwin. Pra quem não sabe, o Ricky é um jornalista e roteirista de primeira, atualmente na equipe da Casseta e Planeta. Trabalhou também na primeira versão do bom e velho Pasquim, assim como este que vos escreve, mas quando entrei - já nos estertores do velho Pasca - ele já não estava colaborando mais, até onde me lembro (pelo menos nunca nos cruzamos nos corredores abafados da redação da Rua da Carioca).
Uma curiosidade: o Ricky é pai da Letícia Bosshard, do Canterbury Tales, outro blog que estava faltando eu comentar aqui. Os dois valem a pena uma conferida - e uma linkada, claro. Como eu já vou fazer aqui do lado esquerdo.

Aliás, impossível não. Eu estou é feliz.

Ouvindo Moby. Continuo impossível.

Da série: Informações Não-Jornalísticas. Perdi três quilos esta semana. Se alguém encontrá-los, pode ficar com eles.

Agora só faltam dezoito.

Que indelicadeza! Falei pra cacete de mim no post abaixo e não dei o link pro superblog do Inagaki. Agora sim! Foi mal, Inagaki!!

Ouvindo um dub do New Order (quem me lembrou deles outro dia foi o Ricardo Schott, com seu fabuloso Discoteca Básica) e trabalhando pra cacete: quatro traduções e dois artigos para escrever. Sem contar os minicontos que estou produzindo para o SpamZine (puta sincronicidade: no momento exato em que eu digitava o nome do zine, recebo do sagaz Inagaki um e-mail com elogios de leitores ao meu trabalho: obrigado, gALLera!!!). Mais tarde passa a reprise do piloto de Birds of Prey, nova série da Warner que eu andava querendo ver. E depois, sair com a minha mulher, fazendo o favor, que ninguém é de ferro.

Eu hoje estou impossível.

Tem blog novo (e bom) pra caramba na praça. Em breve, comentários.

Esquizotérica! Outra coisa que eu tinha esquecido e estava devendo há um tempão era avisar que a Paula tem um novo blog, o Esquizotérica. Ela e sua mestra, a Maria Helena Nóvoa, falam de magia, bruxaria e vida. Ou falavam, não sei. Acabo de dar um pulo lá e ver que elas não atualizam o blog já faz mais de um mês. Será que demorei demais para falar deste blog? Espero que não...

Mas que a história está engraçada e promete, ah, isso promete.

Dica legal. Esta é da minha amiga Paulinha Foschia: tem um novo blog na praça, o Café do Hassen, um blog coletivo onde QUALQUER PESSOA pode postar. Nas palavras da Paula: A novidade é que agora rola por lá uma história coletiva, que até agora está hilária. Se você quer saber porque Tancredo Augusto, o primo gay de Hassen, está dentro de um caixão sendo velado ao lado de Dona Alzira, sua empregada doméstica, e, mais, o que a leitora sexy do blog dele está fazendo no velório...bem, acho que você vai ter que escrever isso...
Eu estou a fim de dar o meu pitaco, mas antes quero lavrar o meu protesto junto ao Hassen. Pô, rapaz, você cria um blog livre e pede para maneirar (e não manerar, olhe o uso do purtugueiz, hein?) nos palavrões? Como diria o Xingando Henrique Cardoso, quase ex-presidente, "Assim não pode! Assim não dá!" ;-)

A SUDERJ Informa: Guilherme Kujawski, um dos precursores dos (bons) weblogs entre nós com seu Samizdat (inspiração confessa e assumida do Lanceiro Livre, meu blog anterior), sai da Carta Capital e assume a editoria da revista eletrônica do Itaú Cultural, avisando aos navegantes: a revista vai continuar. E com um perfil mais jornalístico. Aguardem que vem coisa muito boa por aí.

Falando em livros recebidos, quero agradecer aqui a gentileza e a generosidade do Marçal Aquino. Depois de uma excelente entrevista concedida a este escriba para a [Mão Única?] (aguardem em breve), Marçal me presenteou com um exemplar de Miss Danúbio, a coletânea de contos que apresenta Os Matadores, conto em que se baseou o filme de Beto Brant (com roteiro do próprio Marçal, é bom lembrar). Valeu, Marçal!

A Voz do Fogo. Este é o nome do romance de estréia do mestre dos quadrinhos Alan Moore, que a Conrad lançou há pouco tempo e eu já estou devorando. Não dá para adiantar muita coisa, a não ser que o velho xamã inglês arrebenta mais uma vez. São várias histórias, que abrangem um período de cerca de seis mil anos (!) de história na região inglesa de Northhampton, onde Moore nasceu e vive até hoje. Ele viveu um bom tempo brigado com sua cidade natal (o prefácio de V de Vingança é uma das maiores declarações de ódio a uma cidade já escritas - talvez só superável pela diatribe do protagonista de Song of Kali, de Dan Simmons, contra Calcutá), mas talvez com este livro ele tenha finalmente feito as pazes com ela. Comprem e leiam urgentemente. Obrigado ao Alexandre Linares pelo envio. Aguardem resenha muito em breve.

Tarde com Marçal, Noite com Haroldo. O negócio foi assim: estava eu andando ontem pela Paulista depois de uma pessimamente sucedida incursão a um Cinemark. Ontem foi Dia do Cinema Brasileiro, vocês lembram, ingresso a um real. Tudo lotado, não dava para competir com os estudantes que formavam filas quilométricas para ver só filme nacional. (Fiquei meio chateado por não ter conseguido entrar, mas até que foi uma visão bonita aquela rapaziada entre 15-20 anos fazendo fila pra ver outra coisa que não cinemão roliudiano). Matava tempo até chegar a hora de ir à faculdade. De repente me lembrei: terça de manhã cedo (hoje) eu teria uma aula extra impossível de faltar... quase na mesma hora em que marquei uma entrevista com o escritor Marçal Aquino (autor de Faroestes e também roteirista dos sensacionais Os Matadores e Ação Entre Amigos). E eu tinha deixado a agenda em casa, portanto não daria para ligar para o Marçal para tentar desmarcar. Aí entro na estação Consolação do Metrô.
E com quem dou de cara lá dentro? Marçal.
A entrevista só não rolou lá mesmo porque eu estava sem meu gravador. Mas preciso acender uma vela a São Jung, porque a sincronicidade, meus amigos... Não é que o Marçal estava procurando falar comigo porque não ia poder me conceder a entrevista na terça? Marcamos para quarta (mañana), batemos um ótimo papo sobre cinema nacional, literatura contemporânea e outros bichos e fui pra PUC.
À noite, uma homenagem ao velho mestre da poesia Haroldo de Campos. 72 anos, recuperando-se de uma doença grave, Haroldo estava muito bem disposto e falante. Fez uma pequena palestra, deu autógrafos e conversou com todo mundo que chegava. O grande barato foi ver um grupo de jovens poetas - jovens mesmo, com espinhas na cara - mostrar ao Haroldo um zine de poesia com Maiakóvski (uma das paixões de Haroldo, que traduziu vários poemas do poeta russo) na capa. Falei rapidamente com ele (trocamos algumas palavras sobre Carlito Azevedo, poeta carioca que é um amigo comum nosso) e me despedi com a alma lavada. Ganhei o dia.
Fazer arte no Brasil é difícil pra cacete, mas como vale a pena.